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Grupo M.Coutinho em entrevista à Locarent
Grupo M.Coutinho em entrevista à Locarent

Grupo M.Coutinho em entrevista à Locarent

Em entrevista à Locarent, o Grupo M.Coutinho afirma que a transição para a mobilidade elétrica está em marcha e é algo incontornável. A crescente sensibilização dos consumidores torna-os, já neste contexto, um agente de mudança, quer pela atração para a nova tipologia de motorizações, quer também para o recurso às soluções de mobilidade, muitas vezes em detrimento da aquisição tradicional do seu automóvel individual. O Grupo, que representa atualmente 19 marcas automóveis, procura posicionar-se como a melhor oferta de marcas e serviços automóveis, consagrando na sua Missão uma “experiência de Cliente única”.  Esse é o nosso papel.

 

1. O setor Automóvel vive uma transição para a mobilidade Elétrica. Qual é o posicionamento do Grupo M.Coutinho relativamente a este desafio?

Grupo M. Coutinho: A transição para a mobilidade elétrica está em marcha e é algo incontornável.  A legislação europeia inspira e exige que os construtores automóveis acelerem o desenvolvimento de tecnologias, cada vez mais eficientes, inovadoras e com maior adequação à utilização de um consumidor cada vez mais exigente. As políticas fiscais dos diferentes estados são importantes contributos para a transição dos parques automóveis dos diferentes países, desde que bem formuladas para alcançar tal desafio. A crescente sensibilização dos consumidores torna-os, já neste contexto, um agente de mudança, quer pela atração para a nova tipologia de motorizações, quer também para o recurso às soluções de mobilidade, muitas vezes em detrimento da aquisição tradicional do seu automóvel individual.

O Grupo M.Coutinho representa atualmente 19 marcas automóveis, beneficiando de uma ampla rede de concessionários de Marca e suportando-se também numa oferta de serviços 360º. Especializamos e desenvolvemos um conjunto de competências que nos permitiram evoluir a oferta do Grupo, posicionando-a, num quadro evolutivo, como a melhor oferta de marcas e serviços automóveis em Portugal.

Em 2019, no exercício da renovação estratégica percorrida, consagramos na nossa Visão o desafio de desenvolver o Grupo com particular enfoque na inovação e na capacidade de responder aos novos paradigmas da mobilidade. Temos consciência que esta decisão revela a centralidade deste tema na nossa estratégia empresarial. Foi na sequência dessa mesma Visão que criamos recentemente um projeto transformacional do Grupo, procurando antecipar os desafios do futuro da mobilidade individual e o consequente impacto nas redes de distribuição automóvel, com orientações e iniciativas que estão neste momento em profunda ponderação.

Como operadores de retalho automóvel, e suportados na experiência de mais de 65 anos neste negócio, consideramo-nos especialistas em relações. Na cadeia de valor do negócio automóvel temos o importante papel da relação com o Cliente. Nesse sentido, temos o desafio de colocar a nossa experiência no negócio e a especialização em cada uma das marcas ao seu serviço. Temos também a consciência que, a par da maior predisposição do mercado para as novas soluções, persiste uma lacuna expressiva de informação, visível numa certa angústia na atual tomada de decisão dos Clientes. Estamos por isso a percorrer os desafios estratégicos aqui identificados, com o objetivo de desenvolver soluções que qualifiquem a nossa abordagem, introduzindo novas ferramentas que nos permitam interagir de uma forma mais inovadora com o mercado.

 

2. Até 2025 como perspetivam a evolução da quota de viaturas Elétricas (100% mais Plug-In) novas vendidas em Portugal?

Grupo M. Coutinho: Como referido inicialmente, a evolução da quota de viaturas elétricas e das motorizações Plug-in tem uma relação direta com o quadro fiscal. Lamentavelmente, os sinais nesta matéria não são claros, numa referência que devemos fazer ao orçamento do estado para este exercício. O mercado valoriza sinais de confiança e estes condicionalismos acabam por transmitir uma confusão evitável aos Clientes e à sua tomada de decisão.

O ano de 2020 materializou uma redução de 40,6% do segmento de automóveis com motores de combustão interna, em particular os movidos a gasóleo. Nos últimos meses do ano registou-se um incremento significativo da venda de veículos híbridos plug-in e híbridos convencionais, num quadro de antecipação de compras deste tipo de automóveis, que viram o seu preço agravado em 2021, fruto da alteração regulamentação integrada no orçamento de estado. Recordamos que o atual enquadramento legal passou a exigir que os automóveis assegurem uma autonomia mínima de 50 km e um nível máximo de emissões de 50 g/km para acederem aos benefícios fiscais em 2021. Foi neste âmbito que a soma das vendas de automóveis Elétricos, Hibridos Plug-In e Hibridos Elétricos arrecadaram mais de 37% das vendas em dezembro. Acreditamos que este patamar alcançado poderá evoluir substancialmente até 2025.

A este propósito justifica-se destacar o contínuo agravamento da idade média do parque automóvel nacional, atualmente para os 12,8 anos. Um parque envelhecido em nada contribui para as metas ambientais que o próprio estado ratifica nos acordos internacionais.

 

3. Qual(ais) o(s) fator(es) que considera(m) chave para uma adoção massificada duma mobilidade mais amiga do ambiente?

Grupo M. Coutinho: Já constamos o enorme impacto que as legislações europeias, designadamente quanto às emissões, têm a montante do mercado, pelo exigente esforço de inovação a toda a indústria. Essa inovação traduzir-se à cada vez mais em automóveis com mais autonomia, baterias e motores cada vez mais eficientes, e, ainda, preços mais competitivos e aproximados aos dos veículos equivalentes com motores movidos a combustíveis fósseis.

Também destacamos o enorme contributo que o enquadramento fiscal gera na tomada de decisão dos Clientes, querendo acreditar que nesta matéria se poderão transmitir melhores sinais e maiores incentivos à transformação do parque para uma massificação da mobilidade amiga do ambiente.

A par disto, destacamos ainda a evolução das redes e dos sistemas de fornecimento e do contributo de novas soluções decorrentes da tão apregoada tendência “MaaS – Mobility as a Service”.

 

4. Dentro dos lançamentos previstos, quais os Modelos onde depositam maiores expectativas e porquê?

Grupo M. Coutinho: A evolução tecnológica que a indústria automóvel incorpora no mercado é absolutamente impressionante. Podemos nesta matéria fazer um paralelismo com a evolução dos smartphones e o ritmo verdadeiramente vertiginoso com que essa indústria marca a cada momento essa mesma inovação.

Temos consciência que todo este enquadramento tem contribuído para a movimentação entre os principais fabricantes automóveis, designadamente na sua política de parcerias e fusões. É também neste contexto que todos os fabricantes têm apresentado um ciclo vertiginoso de apresentação de novos produtos para os próximos anos.

O Grupo, como já referido, procura posicionar-se como a melhor oferta de marcas e serviços automóveis, consagrando na sua Missão uma “experiência de Cliente única”.  Esse é o nosso papel. Temos disso profunda consciência, pelo que nos caberá a cada momento contribuir para a avaliação adequada do perfil do Cliente e das suas necessidades, para que possamos contribuir com as melhores soluções.

 

5. Quais são os principais valores pelos quais gostam de ser reconhecidos pelos vossos stakeholders?

Grupo M. Coutinho: Na recente renovação estratégica do Grupo, e já aqui referida, o Grupo M.Coutinho especificou o seu quadro de Valores que resumidamente apresentamos:

  • Sustentabilidade | Criar valor
  • Humanismo | Ser próximo
  • Excelência | Ultrapassar expetativas
  • Confiança | Promover relações